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As crianças do bairro Pedra 90 puderam libertar sua imaginação de uma forma diferente na noite deste sábado (11). Em meio a brinquedos que desafiam o medo e a altura dispersados pela Praça Cultural do bairro, elas foram delicadamente atraídas para um novo universo através do Festival de Cinema, realizado pela Prefeitura de Cuiabá.

E propiciar esse encanto, explorando outras formas artísticas, é o foco da Prefeitura de Cuiabá, quem tem trazido arte e entretenimento em diversos desdobramentos em comemoração dos 296 anos da Capital. Para o secretário municipal de Cultura, Esporte e Turismo, Alberto Machado, expandir a arte para outros nichos é o grande objetivo.

“A nossa ideia ao comemorarmos o aniversário de Cuiabá é abranger o alcance dos movimentos artísticos para diversos segmentos. Queremos ir além da música e da expressão corporal pela dança. Queremos prestigiar o cinema e permitir que outras comunidades da nossa cidade descubram por si só este outro universo”, explica.

Feito em parceria com o SESC, a iniciativa já está em sua segunda edição, levando a arte e cultura em outra dimensão à comunidades da capital. No Festival de Cinema, a realidade cede espaço para os sonhos em todos os níveis e as crianças também são levadas para o mundo encantado da literatura com clássicos como “Mafalda”, contados com entusiasmo no espaço de Contação de Histórias.

“Pensamos a programação de forma que todos os moradores pudessem se envolver igualmente. Os curtas e animações aqui apresentados são de censura livre para criar esse ambiente familiar, onde pais e filhos possam desfrutar da arte de forma leve. Atraímos as crianças primeiro e se elas vem, suas famílias também virão”, afirma Fernanda Solo, analista de cinema do SESC.

Ao longo da exibição das 10 produções nacionais, que são repetidas conforme novos públicos surgem, os pequenos iam se acomodando timidamente diante da grande tela, à medida que percebiam à distância o soar de ritmos, cores e canções, que estampam histórias cheias de vida.

Essas histórias permeiam o imaginário infantil e abrem portas para lugares onde não existe um fim delimitado. Para Endrew Moisés,  de 12 anos, o cinema o atraiu de longe e logo o absorveu completamente.

“Ajudo a minha mãe aqui na praça com sua barraquinha de churros e de lá vi algo diferente. Perguntei p’ra ela se podia assistir um pouco e ela me deixou. Eu amo filmes e desenhos. Minha mente sempre viaja em aventuras com o que assisto”, conta.

Para a pequena Ana Clara, de 7, poder ficar diante de uma tela enorme vendo tantas cores se movimentando desperta a criatividade e faz de qualquer ambiente, um lugar novo.

“É muito legal assistir filmes e desenhos! Eu acabo tendo muitas ideias diferentes na hora de brincar, minha imaginação vai bem longe”, revela com entusiasmo enquanto saboreia um pacotinho de pipoca oferecido pelo festival.

As crianças são sempre as primeiras a chegar e sem muita insistência conseguem atrair os pais, que não hesitam diante das cadeiras dispersas em frente da tela de cinema.

Para Maylane da Silva,  25 anos, que trouxe os pequenos Kauê e Marcos, foi assim que aconteceu.“Os filmes chamam a atenção deles mas todos nós acabamos sendo encantados pela arte em si”, diz.

Neste domingo, a comunidade do bairro Pascoal Ramos vai poder ter a mesma experiência, que também vai levar os moradores da região para novas viagens com a presença da biblioteca itinerante Bibliosesc.