Saúde / Dengue
09 de Setembro de 2015 17h05
Prefeitura de Cuiabá intensifica ação de combate ao aedes aegypti
A Coordenação do Centro de Controle de Zoonoses de Cuiabá informou na tarde desta quarta-feira (09), em relação ao caso confirmado de febre zika em Cuiabá, na ultima semana, que estão sendo adotadas todas as medidas a fim de combater o mosquito aedes aegypit. Em vários pontos da capital está sendo realizada pulverização de produto químico com o objetivo de amenizar a presença do mosquito adulto, que é a forma alada, que se contaminado transmite a doença.
“É importante sempre alertar a população para que os casos suspeitos de dengue, chikungunya , Zika ou outros agravos seja notificados pois a partir das notificações são desencadeadas várias ações de combate ao vetor”, destacou a coordenadora do Centro de Zoonoses da capital, Alessandra da Costa Carvalho.
Segundo ela, toda a população está susceptível, pois a doença (zika) até então não havia tido nenhum diagnóstico na cidade. “Além disso, temos o vetor(mosquito) disseminado por todo o município e ainda a presença de vários tipos de criadouros “.
Dengue
Hoje, o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEV), da Secretaria de Saúde de Cuiabá divulgou os números da dengue em Cuiabá. Segundo o CIEV, na semana de 23 a 29 de agosto foram notificados dois casos de dengue na capital do Estado.
Em relação ao acumulado do ano, foram notificados na capital em 2015, 2.027 casos suspeitos dos quais 1.234 foram confirmados. Em todo o ano houve um óbito. Esses números estão relacionados aos residentes em Cuiabá. Em relação aos casos provenientes de outros municípios, mas que foram tratados na capital foi notificado 600, com um óbito confirmado.
Entre os bairros com mais de sete casos notificados em 2015 até o dia 01 de setembro estão o Pedra 90 com 140 casos; o Santa Isabel, com 127 casos; Cidade Alta com 59 casos; Dom Aquino com 23 casos e Parque Cuiabá com 48 casos.
Nesse período (de 23 a 29 de agosto), agentes comunitários de combate as endemias visitaram 20.268 imóveis dos quais 2.353 receberam tratamento. Nesses imóveis, 2.724 depósitos foram tratados.
Combate ao aedes aegypti
A coordenadora do Centro de Zoonoses de Cuiabá, Alessandra Carvalho disse que a Prefeitura vem reforçando os trabalhos de fiscalização e tratamento de possíveis criadouros do mosquito aedes aegypti, transmissor da dengue e também da febre chikungunya e da zika, por toda a cidade.
Em 2014, por exemplo, foram realizadas mais de um milhão de visitas domiciliares. Este ano, segundo a coordenadora, 320 agentes de combate a endemias estão envolvidos nas ações que vão desde as visitas a imóveis, até a borrifação de produtos e análises laboratoriais. “A nossa estratégia prevê ainda o monitoramento quinzenal de pontos estratégicos, como cemitérios, borracharias e oficinas”, explicou.
Ao todo, 275 agentes de combate a endemias trabalham por toda a cidade, em horário comercial, durante toda a semana, orientando a população e também combatendo as larvas do mosquito.
Alessandra Carvalho lembra, entretanto que para evitar a proliferação do mosquito é importante que a população faça a sua parte, mantendo os quintais limpos e exterminando possíveis criadouros. “É necessário descartar aqueles objetos que possam conter água parada como pneus, latas, embalagens plásticas, caixas d’água destampadas, vasos de plantas e outros”, alertou.
Em relação ao caso confirmado semana passada de febre zika, a coordenadora explicou que as medidas de prevenção e controle são semelhantes às da dengue e chikungunya, assim, o controle está centrado na redução da densidade vetorial.
Fique alerta
Em relação aos sintomas, é bom ficar atendo. A dengue pode causar febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores nas costas e manchas vermelhas no corpo. O doente pode ter febre durante cinco dias e os sintomas podem melhorar em até dez dias. Em alguns casos podem ocorrer hemorragias discretas na boca, na urina ou no nariz.
Embora os vírus da febre chikungunya e os da dengue tenham características distintas, os sintomas das duas doenças são semelhantes.
Na fase aguda da chikungunya, a febre é alta, aparece de repente e vem acompanhada de dor de cabeça, mialgia (dor muscular), exantema (erupção na pele), conjuntivite e dor nas articulações (poliartrite).
Ao contrário do que acontece com a dengue não existe uma forma hemorrágica da doença e, é raro surgirem complicações graves, embora a artrite possa continuar ativa por muito tempo.
No caso da zika, após a picada do mosquito, os sinais aparecem entre 03 a 12 dias com evolução benigna. Os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente após 3 a 7 dias. Não há conhecimento até o momento de formas crônicas da doença.
Não existe tratamento específico para a zika. Também não existe uma vacina para prevenir contra infecção. Nesse caso, o tratamento recomendado é sintomático para o controle da febre e manejo da dor. Portanto, a qualquer sinal da doença, deve ser procurado imediatamente o Serviço de Saúde para tratamento adequado.